Descrição
O trilho da Terra e do Céu é circular com cerca de 7,2 km de extensão, com início na Igreja da Vila da Cumieira, passando pela Veiga, Bertelo e o Miradouro de Santa Bárbara. O nome advém das tamanhas alturas a que subimos e às profundidades a que descemos. Mas vale a pena o esforço. Compensa como uma nascente de água fresca quando o deserto cansa e a sede abrasa. Os vinhedos e os olivais desenham as fendas do esforço no chão xistoso, fértil e escarpado. Descendo as encostas íngremes podemos ver um aglomerado de casas claras envolvido de verde, com um sorriso alegre no fundo do vale, de pessoas simpáticas e comunicativas. No vale da Veiga, olhando para as encostas que parecem tocar nas nuvens, a visão é arrebatadora e chega a enternecer pela dimensão telúrica e humana que evidencia.
Do alto da Capela de Santa Bárbara o olhar foge para a lonjura das cumeadas, que se perdem em gradações de cinzas e azuis. Com ele vai a imaginação e o sonho que alimentam a fantasia do partir à descoberta. Vila Real vê-se numa espécie de vista de pássaro em aproximação.
As povoações parecem rebanhos de casas pastando a verde paisagem e dão-lhe uma alegria risonha. Pelo meio das videiras que se agarram em filas e traços, encontramos a povoação de Veiga, um aglomerado de casas claras envolvido de verde. É um verde fértil, festivo na abundância de hortas, de flores, de vinhas, de castas de uvas para vinho e para a mesa. As vinhas que dão uvas para o vinho generoso (do Porto) empoleiram-se nos socalcos. As pessoas são de uma simpatia espontânea e comunicativa como só um povo que se habituou a tratar a mãe-terra por “tu” consegue ter. Amam o lugar onde vivem e estão-lhe gratas pela sua fertilidade.
Kms por dia
Dia 1 -
Igreja Paroquial de Santa Eulália
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Capela de Nossa Senhora do Carmo
Capela e Miradouro de Santa Bárbara
EN2
Recomendações
A Igreja da Cumieira tem com padroeira Santa Eulália, foi construída no início do séc. XVIII tendo sido as paredes e a abóboda pintadas por Nicolau Nasoni em 1739; pinturas hoje perdidas, restando apenas na pardieira da porta principal a inscrição que nos prova assim ter acontecido " NICOLAO NASONI SENENSIS PINGEBAT ANNO 1739".
Dicas
" Não há terra como a Veiga em todo o Penaguião, Penaguião só dá vinho, a Veiga dá vinho e pão" Esta quadra, prenunciada com um brilho no olhar dos seus habitantes, ilustra plenamente o que os olhos dos visitantes podem ver.