Descrição
O Trilho das Cabras trata-se de um percurso pedestre de Pequena Rota (PR), com início no Santuário do Viso, que tem como padroeira a Sra. do Viso.
O trilho inicia-se no Santuário do Viso e segue em direção ao sopé da fraga da Ermida, um dos monumentos geológicos mais emblemático do Marão, percorre todo o sopé desta fraga milenar, contornando-a e subindo para o seu topo, onde podemos ter acesso a uma esplendorosa paisagem.Este Trilho permite-nos admirar o que de mais belo a mãe natureza nos dá. Percorremos os trilhos que durante anos e ainda hoje o pastor leva as cabras para as suas pastagens na serra, por isso este trilho tem esta denominação, pois trata-se do percurso que as cabras fazem aquando das suas pastagens pelas encostas da Serra do Marão. Nesta viagem podemos apreciar diversas espécies. A imponente fraga da Ermida que chegando ao seu topo nos proporciona a sua esplendorosa paisagem.
Kms por dia
Dia 1 -
- Santuário Nossa Senhora do VIso
- Fraga da Ermida
- Curva do Eco
Recomendações
Apesar da rudeza da fraga e da sua envolvente, este habitat abriga diversas espécies faunísticas, entre as quais águias, perdizes, corços, raposas e outras.
O grifo (Gyps fulvus) é uma das espécies de aves que tem sido avistada neste território, tendo regressado após anos de desaparecimento, ocorrido no início do séc. XX, talvez pelas diversas ações de envenenamento dos lobos e grandes aves de rapina, para proteção do gado, muito embora o grifo seja uma ave necrófaga e, como tal, tenha por base da sua alimentação animais que já não estão vivos.
Esta ave, que é a maior do grupo dos abutres, pode atingir 1m de comprimento, 2,7m de envergadura e 12 kg de peso.
Dicas
O cume da Fraga da Ermida, outrora conhecido como o Monte de Penaguião, está a uma altitude de 1.397m.
Não sendo o ponto mais alto da serra, a paisagem que se avista deste cume ajuda a perceber com clareza o porquê da expressão “Para cá do Marão, mandam os que cá estão”.
Esta serra era o obstáculo que separava o Minho do território que, por ser tão difícil atravessar, ofereceu às terras a ocidente deste acidente orográfico a designação de Trás-los-Montes. As encostas escarpadas e os enormes declives foram, até ao séc. XIX, um obstáculo natural que complicava as viagens: para além do relevo acidentado, os invernos rigorosos e os muitos salteadores que aguardavam, a cada curva, oportunidade para novos saques, tornavam estas jornadas difíceis e perigosas.
A partir de 1880 passou a ser possível passar de Trás-os-Montes para o Minho de comboio. A viagem era, então, menos demorada, mas o seu custo era elevado para a generalidade das gentes de além Marão, maioritariamente trabalhadores agrícolas nas muitas vinhas da região do Douro Vinhateiro.