Penedono

Penedono é um concelho que dista cerca de 70 Km da sua capital administrativa que é Viseu, situado geograficamente nos limites da Beira Alta, assume-se como porta de entrada do Douro, região com a qual mantém fortes relações de afinidade, provenientes não só da sua proximidade, mas e, também da saudável e secular interação entre as gentes destas duas regiões.

Encontrar Penedono, é descobrir um concelho pejado de história, por estas terras deambularam os povos do megalítico, deixando como testemunho inúmeras edificações que hoje atestam a sua permanência e passagem por este território sendo, a mais relevante, O Dólmen da Senhora do Monte em Penela da Beira, classificado como Monumento Nacional em 1961. As origens deste “recanto beirão” remontam ao despontar da nacionalidade portuguesa, tendo no seu Castelo o ex-libris da sua ancestralidade. Assumindo uma importância vital na Reconquista Cristã, foi mais tarde, no séc. XIV, reedificado por D. Vasco Fernandes Coutinho, avô do Insigne “Magriço”, imortalizado no Canto VI dos Lusíadas por Luís Vaz de Camões, que aqui se crê ter tido berço. Foi classificado como Monumento Nacional em 1910.

Para além do milenar Castelo de Penedono, existe um pouco por todo o concelho, um vastíssimo património edificado de índole religiosa e civil que vai desde os meandros da época medieval até uma época mais contemporânea. Porém, para além do seu património histórico, Penedono ostenta, com orgulho, as suas tradições culturais, manifestações diversas que se foram perpetuando na bruma do tempo e se revelam hoje em magníficos exemplares de artesanato, como as ceiras e caspachos da Beselga e outros artefactos que exprimem a sua traça vincadamente medieval.

No entanto e pese embora a sua riqueza histórico-cultural, Penedono é um concelho de potencialidades transversais, a diversos setores económicos tais como o turístico, possuidor de paisagens únicas e singulares este é um território capaz de fazer as delícias dos amantes do desporto de natureza. Aqui também se produz castanha, uma castanha de altitude cujas características, são amplamente reconhecidas pelos mercados nacionais e internacionais, a sua comercialização está a cargo da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira. Já na freguesia do Souto, aldeia detentora de um microclima particular, podemos encontrar o azeite “Solar do Freixos”, produzido pela Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Torto é um azeite que tem conquistado o seu lugar nos mercados da especialidade, tendo sido mesmo premiado em diversos certames.

Penedono é um concelho que se orgulha do seu passado, tem-no como pedra basilar do ser e edificar do seu presente e do seu futuro como tal, e como forma de o exortar, promove todos os anos no primeiro fim-de-semana de julho, a Feira Medieval de Penedono, evento que se afirma como um momento cultural e lúdico de excelência. Nestes dias a Vila de Penedono recria, de forma fidedigna, um ambiente medieval onde, os visitantes são convidados a interagir com as diversas personagens que dão vida a situações típicas da época aí representada. Pelas ruas e ruelas podemos encontrar, bobos, fidalgos, malabaristas, assistir a justas e duelos de honra. Os pontos mais altos deste evento são, a “Ceia dos Fidalgos” e o “Assalto ao Castelo”.

Já no segundo fim-de-semana de novembro, tem lugar o “Mercado Magriço”, um evento que se assume como montra das potencialidades económicas concelhias, aí estão representados todos os setores da economia penedonense, que vão desde a indústria, comércio e serviços, até á agricultura, pecuária, gastronomia e artesanato. Uma mostra que para além da componente económica, tem momentos de índole cultural com a realização de espetáculos vários que vão desde a música tradicional até a sonoridades mais modernas.

Por isto e tudo mais, acreditamos que vale a pena visitar Penedono!

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