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Genuíno DOCE de formato rectangular, feito de farinha de trigo, açúcar, água, ovos, canela e do tradicional segredo transmitido de geração em geração, que nas Feiras, Festas e Romarias do Norte, tem venda assegurada em folhetas equivalentes às dimensões do tabuleiro em que foi ao forno.
Como toda a gastronomia Duriense, rica e variada, Mesão Frio, não foge à regra. Não fossemos nós, um país de sabores mediterrâneos influenciados pelas especiarias e ingredientes, trazidos pelos nossos descobridores.
O cabrito com arroz e batatas, assados no forno a lenha, adquiriram o lugar de maior relevo na cozinha mesãofriense, que a par com a marrâ, refletem a história deste povo e deliciam os seus visitantes.
Recorrendo aos materiais que a natureza oferecia, este povo, criou diversos utensílios artesanais, moldando cada objecto às suas necessidades agrícolas e domésticas, combinando mestria e engenho com perícia e espiritualidade, tornando cada peça, numa verdadeira obra de arte.
Em Mesão Frio, encontrará a arte da cestaria, da tanoaria, e dos bordados e rendas de Barqueiros.
Em tempos em que os materiais naturais predominavam face aos materiais sintéticos, a arrecadação e o transporte de géneros e artigos realizavam-se utilizando a cestaria.
Mesão Frio apresenta-se-nos como uma província de ruralidade acentuada, onde as lides campestres fazem parte essencial da especificidade do seu povo. E é assim que este povo desenvolveu uma veia artística, fundamentada na necessidade premente de dar resposta às exigências do meio e das suas relações de troca. Com alguma tipicidade surgiu o “cesto vindimo”, característico da Região do Douro. Num esforço hercúleo, o homem carrega-o às costas, transportado mais de 50 quilos de uvas, e a natureza compensa-o com um néctar suave e divino, inigualável em qualquer outra parte do mundo.
Sendo Mesão Frio uma região vinhateira tem como característica da sua cultura o processo da concepção do vinho. Passando por várias fases, desde a colheita chamada de vindima e culminando no armazenamento que exige técnica e engenho, e que contribui em grande parte para a reconhecida qualidade do famoso néctar dos deuses. A madeira, de carvalho, é cuidadosamente escolhida, cortada, demolhada e trabalhada a jeito e a preceito com a forma desejada. As tábuas encurvadas, ou aduelas, formam o corpo, os aros de ferro são-lhe colocados, nascendo o receptáculo cilíndrico e bojudo, berço perfeito de uma criação perfeita – as pipas ou vasilhas semelhantes. De diferentes tamanhos e portes, pipos, barris, pipas e tonéis, conservam de forma natural o vinho, mantendo as suas características inalteráveis, ou mesmo acentuando-as na sua mais completa perfeição, como o exemplo mais vivo do Vinho do Porto, cuidadosamente gerado na Região Demarcada do Douro. Com carácter utilitário, as vasilhas adueladas assumem também uma função decorativa aliando a rusticidade à funcionalidade.
Chama-se a atenção para as famosas rendas de Barqueiros, em especial para os característicos “panos de gancho”. Estes panos são executados com, além da habitual agulha de renda, ganchos de cabelo, utilizados para segurar o tradicional puxo das mulheres. As mãos e os dedos, delicados ou rudes, balançam por entre linhas e fios, num rodopiar ritmado, concebendo trabalhos de sublime gosto e de extrema perícia.
As Castanhetas são um instrumento musical artesanal, produzido habitualmente em madeira de figueira, a mais adequada para a reprodução do seu som. São constituídas por duas peças de madeira que se unem no fundo, com dois espaços onde se inserem o polegar e o indicador, de forma a conectar os dois lados, que ao chocarem produzem som. São consideradas um instrumento idiofone, por produzirem som através da sua própria vibração. São sempre tocadas por homens e costumam acompanhar as danças ‘Chula Rabela’ e ‘Fui ao Douro às Vindimas’ do Cancioneiro e Folclore de Barqueiros.
A origem deste instrumento tradicional é histórica. A memória diz-nos que começaram a ser utilizadas nos Barcos Rabelos por marinheiros e arrais que habitavam na freguesia de Barqueiros, para animar as paragens durante o transporte das pipas de Vinho do Porto até às caves de Vila Nova de Gaia. As Castanhetas produziam som de forma a indicar onde os barcos se localizavam em dias de nevoeiro, evitando que embatessem.
Este instrumento, exclusivo da freguesia de Barqueiros, Concelho de Mesão Frio, não é concebido em mais nenhuma parte do mundo. Os valores das Castanhetas variam consoante o seu tamanho, materiais utilizados e tempo de construção. A tradição folclórica está bem presente nestas peças, com as personagens vestidas com os trajes tradicionais do Rancho, com a típica blusa, o lenço e as cestas nas mulheres e o chapéu e o colete tradicionais dos trajes masculinos.
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